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domingo, 26 de junho de 2011

Doces palavras, amargo mundo

Palavras sortidas, corroedoras de nossa fértil mente, a mesma que pode ser manipulada facilmente com um doce sorriso, palavras que nos soam amigáveis, onde nossos ouvidos abrigam-nas num espaço de nossa cabeça, armazenando-as ali, no mais precioso vão encontrado.  Palavras serenamente fortes que, ao nosso encontro, arrebata-nos o coração, transformando-o numa imagem irreversível de um vilão. Um vilão cujo dom é aprender a absorver o segredo das outras pessoas, descobrindo cada maneira mais adocicada de se manipular. Uma chantagem que regressa, que vai além dos limites, mas ainda aceitável. São as mais belas palavras unidas em uma frase, em uma mente sagrada, contagiosa, que nos faz a diferença. Criamos rupturas doentias em nosso cérebro, relembramos de momentos infiéis de nós mesmos para com os outros. E, numa história, onde há sempre um vilão e um mocinho, no final todos nós somos monstros assombrosos de nós mesmos. Nós somos pesadelo sobre o passado, o presente e o futuro. Transformamo-nos naquele imenso vão onde guardamos todas as belas palavras vivenciadas em nosso dia a dia. O vão corrupto, cujo destino foi nos manipular, nos manter em segredo profundo de nós mesmos, e nos enganar. Ingrato é  o mundo, mas ingênuos somos nós, nossa alma, nosso corpo escandaloso, pois esse conjunto faz com que confiemos num mundo tão infiel. Um mundo onde corpos e mentes formam muito mais do que um conjunto de terra, água, fogo e ar. Somos nós os donos dessa imensidão pecaminosa, essa imensidão brilhante, que nos derrete o olhar de ódio, nos faz sangrar por dentro. Essa é a era da verdade e consequência. Quem não conta a verdade, sofre a consequência, ou será que é o contrário?

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