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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sighs




Verão. Calor. Madrugada. Cigarros. Suspiros.
Sensações de liberdade. Prazer frequente combinado com loucura. Drama. Literatura. Café. Sentimentos rabiscados na mente de um aprendiz. Sobre o amor. Dor. Rancor. Ódio. Sexo. Oh!, sexo. Aquele que você imagina. Aquele que você sonha. Deliberadamente. Descaradamente.

Verão. Calor. Madrugada. Cigarros. Suspiros.
Quem sabe trocaria o café por cervejas. Talvez whisky.
Embriaguez. Eu. Você. Dois corpos sedentos por isso, por aquilo que, sabe sei lá, o que diabos significa diante de todo esse mal pensar. Que agonia. Me perco nas palavras, caio do meu andar. Tua mão, ali, posta para me segurar. O toque. Os arrepios. Os suspiros mudos soltos no ar. Embalar. Clima. Vendaval. Olho no olhar, sinto o momento te aguçar. Me perco. Te perco. Nos encontramos em meio a perdição.

Me leva pra casa. Me deixa na porta. Não. Olhar no olhar. Parede. Mãos sedentas – por você. Um empurrão. Você na parede, preso entre mim, na minha mão. “Que boca linda!”, penso. Lábios nos lábios. Língua na língua. Que beijo! Arrepios crescem. Suspiros já não são mais mudos. Corpo no corpo. Mãos no corpo. Um abraço. Uma lambida no pescoço. Mordidas. “Ah, que momento delicioso.” Você, parede, uma porta.

Abro a porta, te levo para dentro, sem consentimento.
Um sofá. “Será ali mesmo”. Violência. Força.
Te empurro. Tu cais. Caio por cima de ti. Corpo no corpo. Mãos no corpo. Língua no corpo. Arranco tua camisa, tua calça. “Que escultura”. Unhas no corpo. Arranhões. Suspiros. Sussurros. Gemidos. Carne na carne. Amor no amor. Beijo no beijo. Coração no coração. Sexo no sexo. Depois, tu sabes. Abocanho.

“É apenas por uma noite”. Será mesmo?

Abocanhei. Não mais largarei.

2 comentários:

Unknown disse...

Que delicia de leitura!

Unknown disse...

Que delicia de leitura!

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