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domingo, 24 de julho de 2011

Veneno Incandescente

Oh, doce veneno incandescente que ultrapassa os limites da minha imaginação, libera-me a real extravagância que surte efeitos de um corpo para outro. Cujo corpo se assemelha as linhas imagináveis de minha mente, porém, nada disso é desenhado, dominado, delimitado, como já disse, ultrapassa meus limites. Será bom um desejo inigualável a que me passaste de repente, num meio termo onde apenas os olhares se cruzaram? Olhos do Lúcifer, onde o que mais sentia, mais queria e mais temia era a carne humana, o prazer da negligência aventureira que um homem e uma mulher possam oferecer. Esvaíram as causas pelo qual eu temia, pelo qual eu tinha receio. Não sei de nada mais, não conheço nada mais. Estudar algo que aconteceu em princípios está fora da minha rota. Pois o estudo não é forçado, é vivido, é sentido. Desinibir um desejo é como romper o machucado que já foi cicatrizado, deixar e ter noção de que qualquer coisa poderá adentrar no corte. Limitar um desejo é você não querer desejar, mas o limite some quando a força do desejo bate de frente com a gente e tira nossa cabeça do lugar. Olhos famintos, donos da possessão, admiração, excitação, encher-me-ei com uma bela quantia dessa sua doce áurea que penetra por entre os poros de meu corpo. Agradecerei se nessa nova vida meus olhos poderão tocar o seu olhar novamente.

2 comentários:

Frederico disse...

muito bom, eu que quero me encher dessa sua áurea brilhante. Mas infelizmente eu não posso por que cada áurea é única e intransferível!!!

Falando com Gabi disse...

parabéns muito boa a poesia

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