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domingo, 18 de dezembro de 2011

O medo no tempo


Este é o tempo que me amedronta, me afronta
No momento incerto da linha do pensar, a infundir-me-á com a lança
Lança prestes a colocar-se sob meu medo, tão afiada sua ponta
Corta-me a dor, enquanto a imaginação faz-me a segurança

Tênue, frágil, fraco. Demasiadamente escandaloso e doloroso
Vitorioso e ingênuo, pobres partículas incandescentes
Queimam e não me deixam queimar, por vezes, pior do que ser desgostoso
Coração pintando e alastrado com chamas meramente quentes

Não fugi, estou aqui para seu mal gostar
Sensações dificilmente visíveis, que me fazem indagar
Indago sob tal qual é da paixão, do pensar, do mal amar
Esse amor que amedronta o tempo, o momento e dispersa o ar.

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