Pages

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Amor. Ex-amor. Desamor

Um traço que contorna um ex-traço
Quebradiça é a muralha do peito
Contra o tempo, exuberante o momento desavém o estilhaço
Entrando em contato com o vendaval coercível do defeito.

Defeituosa entranha de um corpo doente
Cessa pensamento, evapora sensações, eletriza o desapego
Fundir-se-á, de teu âmago, a voz permanente
Dizendo não ao presente, ao vislumbrar o momento do aconchego.

Conheço imperfeitamente, vejo indistintamente
Percorro o trovão do verso mais feroz
Não o encontro, logo, enlouqueço num fugaz meio tempo intermitente
Volto e vejo, volto e mal vejo, esqueci o tom da tua voz.

Podia mesmo ser verdade, mas não ensurdeço
Peço um abrigo, gentilmente inapropriado
Voz da imaginação, da qual tu devias partir sem o pedaço
De meu ser que, em tua mão, ficou desnorteado.

1 comentários:

ManZone Music disse...

Percorro o trovão do verso mais feroz... *_*

Postar um comentário