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sábado, 14 de julho de 2012

Sou essa. Sou isso.
Sou a sua dor, rancor, dúvida, angústia.
Sou a sua frieza, plenitude, tragédia.
Sou a sua mágoa, a fraqueza, o perdão.
Mas dentre ser e sentir, escolho o sentir. Já que sinto a dor, o rancor, a dúvida e a angústia percorrerem pelas minhas veias, chocarem-se em meus ossos. Fracos, frágeis, inquebráveis... não, quebráveis. Sinto a minha, a sua frieza perfurar minha pele e adentrar em meu corpo feito uma lâmina que rasga. Estou rasgada. Mas tenho o poder de me transformar. Recolho-me do chão, da névoa, da tempestade, da escuridão. Levanto minha cabeça, fecho os olhos, imagino qualquer coisa que me faça sair do meu estado natural. Tento preencher as cicatrizes da mágoa e da fraqueza com o perdão. Abro os olhos, avisto o teu véu da infidelidade bandida. Essa que nos trouxe até aqui. Eu sou e eu sinto. E sinto que estou perdida sozinha. Mas se me perdi sozinha, no meio de tanta tragédia, me encontrarei sozinha também...

1 comentários:

Brandt disse...

Se na natureza impera a lei do mais forte, diria que no que tange a emoções, aquele que tiver o coração mais duro e frio... este sobreviverá.

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